segunda-feira, 31 de agosto de 2009


Discurso ou Revólver

A igualdade social é só em conto de fadas, felicidade é só em sonho, só em mágica. Acredito na palavra ou na metralhadora, revolução verbal ou aterrorizadora. Vamos queimar constituição com coquetel molotov, carro bomba no congresso, tic tac explode, suplicar pro gambé derrubando sua porta não bater na sua mulher não atirar nas suas costas.
Até quando comer resto, lavar banheiro abrir o boy no meio na ilusão de dinheiro, ser exterminado como judeu em auschewitz, mostrar pra globo o que é viver no limite. A cruz da klan tá queimando na sua frente, a SS agora veste o cinza da PM, de braço cruzado é só miolo espalhado no chão, discurso ou revólver, tá na hora da revolução.
Fizeram da sua rua filial do vietnã, deram rifles pras crianças estupraram sua irmã, exilaram na favela o cidadão na teoria oprimido, censurado no país da democracia. Te dão crack, fuzil, cachaça no buteco esse é o campo de concentração moderno.
Hitler, FHC, capitão do mato,bacharel em carnificina, mestrado em holocausto, chega de bater palma tomando tiro, facada, de prato vazio, vendo o boy suar na sauna o sistema te quer no viaduto com água na boca com a garrafa cortada na mão esperando a kombi trazer sopa no chiqueiro do navio negreiro com seta na porta, morto pelo senhor do engenho com farda e pistola, que só em cabeça de pobre descarrega sua munição, discurso ou revólver ta na hora da revolução.
Prevejo o mercado saqueado bala de borracha, escudo do choque tomando pedrada, guerra civil em praça pública socorro professor com sangue no rosto, mordida de cachorro, sem teto, sem terra, sem pespectiva, sem estudo, sem emprego, sem comida, o pavil da dinamite ta aceso, qual será o preço pra eu ter os meus direitos. Sequestrar, atirar, queimar pneu na avenida, invadir a fazenda improdutiva, só jogamos ovo por isso nada mudou, quem sabe o presidente na mira do atirador. Em São Paulo 35 por dia chega, tolerância zero, ou caba trincheiro, serial killer do planalto continua em ação, discurso ou revólver ta na hora da revolução.
A favor do inimigo repressão desinformação, o domínio dos dois caminhos pra revolução. Caminho um a voz do povo aqui não é a voz de Deus, se tua casa é de caxote de feira problema seu, tanto faz sua filha no motel ganhando trocado, tanto faz seu filho com a doze matando vigia no asfalto. Se vier pro asfalto fazer passeata, aí o PM te mata, te faz engolir bandeira e faixa. Caminho dois desconhecendo cenário político, onde jogar granada, quem é o nosso inimigo entendeu por que não tem, escola pra você toma uzi e me diz quem tem que morrer, não adianta ser milhões se não somos um, ação coletiva, objetivo comum, discurso ou revólver não interessa a opção sem união é impossível a revolução.
Tá na hora de parar de mofar no presídio, de ta no necrotério com uma par de tiros, e seu analfabeto comendo resto viciado que o denac manda pro inferno.

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